(Portuguese)MIECF optimiza área expositiva em prol da expansão de oportunidades comerciais verdes para as empresas e em linha com as políticas nacionais e tendências de desenvolvimento internacional
A fim de articular com as “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, divulgadas recentemente pelo Governo Central, e fazer uso das vantagens de Macau enquanto plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa e da tendência económica global, verde e sustentável, que o mundo se tem empenhado em desenvolver, nos últimos anos, o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2019 (2019MIECF) instalou, pela primeira vez, a zona dedicada à inovação verde, com uma área que se expande até à zona de promoção de produtos e serviços “amigos” do ambiente na Grande Baía, de forma a facilitar aos participantes novas oportunidades e tendências do desenvolvimento sustentável. No local vários responsáveis de expositores reiteraram que o objectivo traçado para esta exposição foi atingido e que várias oportunidades surgiram no sentido de conhecerem mais investidores da China interior.
No segundo dia do 2019MIECF foram celebrados 44 acordos, numa cerimónia de assinatura, entre os vários participantes provenientes do China interior, Canadá, Alemanha, Singapura, Malásia, Taiwan, Hong Kong e Macau. Os acordos destacam áreas como as tecnologias e técnicas da nanofotónica, reciclagem e reutilização dos resíduos, redução dos resíduos a partir da fonte, cooperação de soluções do tratamento da água residual, cooperação no plano de aperfeiçoamento nas escolas e sistema de geração de energia fotovoltaica, remodelação da jardinagem, aquisição do arroz orgânico de Congjiang e cooperação na produção de forragem e fertilizantes recicláveis, ecológicos e orgânicos. Em simultâneo, foram realizadas 210 encontros na bolsa de contactos.
O 2019MIECF cobriu uma área de exposição com cerca de 16.900 metros quadrados, com a participação de mais de 500 expositores, provenientes da China interior, dos países abrangidos pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, da Europa e de Países de Língua Portuguesa. Hu, responsável pelo expositor de Zhuhai, na zona para a promoção de produtos e serviços “amigos” do ambiente na Grande Baía, afirmou que participa no MIECF pela quarta vez, e este ano, a sua empresa está empenhada em promover uma churrasqueira com energia solar, de forma a favorecer a conservação energética, sem qualquer poluição. O mesmo referiu ainda que a sua participação teve não só como objectivo divulgar os novos produtos da empresa mas também estabelecer mais contactos através de parcerias e cooperação, destacando as várias encomendas que recebeu desde que começou o evento e manifestou desejo de participar no próximo ano.
O MIECF instalou, adicionalmente, uma zona dedicada à inovação, às tecnologias ou projectos de jovens empreendedores, através de uma exposição relevante com várias actividades de intercâmbio, de modo a incentivar a aplicação das novas tecnologias na área da protecção ambiental. Tam, responsável de uma empresa local de vestuário, há três anos que trabalha apenas com “roupas éticas”, garantiu que ao longo do tempo, a qualidade de todos os materiais provenientes dos seus fornecedores passaram nos testes e são inofensivos para os humanos, e que também melhorou as instalações da própria fábrica, em prol do bem-estar dos empregados. Recentemente a empresa mudou o material das embalagens das roupas para amido de milho, confecionadas anteriormente de plástico, o que recebeu uma enorme aceitação por parte do mercado. Assim sendo, no início deste ano, também investiu num outro negócio, que fornece soluções alternativas ao uso de plástico. Tam, ficou ainda a conhecer outros profissionais do sector hoteleiro de Macau, os quais mostraram interesse nos seus produtos, e segundo a mesma, poderá lançar uma base de desenvolvimento para futura cooperação.
Por outro lado, Kwan, fundador de uma joint-venture de Hong Kong e Macau criada em 2017 e dedicada a dispositivos e tecnologia de carregamento de carros eléctricos, sublinhou que os dispositivos e as plataformas de carregamento foram desenvolvidos em Macau, tendo recebido investimento de um grupo da Coreia do Sul, no ano passado. O mesmo prevê que, no futuro, irá instalar esta tecnologia nos parques de estacionamento desse grupo coreano. A título experimental, em Hong Kong, há meio ano, além de prestar serviço de carregamento o ecrã da plataforma também emite publicidade, de forma a atrair ao consumo de vários produtos. Kwan apontou ainda que, até ao momento, apenas recebeu opiniões positivas e que a sua participação no evento tem possibilitado uma expansão no mercado local e o estabelecimento de contactos com potenciais clientes, permitindo também conhecer vários investidores da China interior. No futuro, considera que existem possibilidades de instalar os dispositivos em várias estâncias turísticas e em complexos habitacionais em Macau, o que dará um contributo certo à protecção ambiental da cidade.
De acordo com Li, responsável por um expositor local e presidente de uma associação do sector, a procura de parceiros melhorou bastante, tendo em conta que este ano 19 entidades-membro participaram no evento, sendo que a maioria são profissionais do sector ambiental, acrescidos aos serviços de bolsas de contacto comerciais prestados pelo Governo. Também recebeu muitos comentários positivos por parte das empresas participantes convocadas pela sua associação, várias das quais disseram que foram alcançados resultados frutíferos.
Na zona de exposição dos Países de Língua Portuguesa, um responsável por um expositor do Brasil, na área de comida orgânica, afirmou que esta é a primeira vez que participa na exposição de Macau, e que teve como principal objectivo divulgar os produtos da sua empresa relacionados com tecnologia de secagem a frio. Na sua opinião, o MIECF serve como uma ponte de ligação entre a sua empresa e os mercados de Hong Kong e do China interior e que participar é essencial à expansão do mercado. Expressou também que, através do evento, pretende encontrar um agente para garantir a venda dos seus produtos na Ásia tendo já contactado com alguns interessados. De igual modo, Leong, agente de madeira de Hong Kong, colocado na zona de construção sustentável, afirmou que também participa pela primeira vez no MIECF para a qual se empenhou de forma promover os painéis de madeira e a cola não-poluentes da sua empresa. Acrescentou que trocou impressões com várias grandes empresas ao longo do evento e manifestou interesse em futuras cooperações.
No segundo dia do evento, teve lugar a Sessão de Intercâmbio das Finanças Sustentáveis sobre a qual o presidente de uma empresa financeira de Hong Kong, Mui, comentou que as finanças sustentáveis constituem um tópico popular da sociedade actual sendo importante para os negócios. Referiu que em comparação com as regiões vizinhas, Hong Kong e Macau ainda possuem um grande espaço de desenvolvimento na área e graças à sua participação, permitiu conhecer profissionais de diversas indústrias, em particular de empresas e instituições de Macau relacionadas com a protecção ambiental, o que torna os conhecimentos mais profundos nas transacções do sector local e cria oportunidades de cooperação no futuro. A empresa que dirige tirou também partido do serviço de bolsas de contacto, prestado pelo MIECF, para estabelecer contactos com outras instituições da especialidade, sobre emissão de obrigações financeiras de Macau, na expectativa que ambas as partes se desenvolvam no âmbito financeiro.
Em simultâneo, de modo a promover o desenvolvimento e a cooperação do sector local na área da protecção ambiental, foi realizado, à tarde, o encontro de intercâmbio para a promoção da indústria sustentável de Macau, contando com a presença dos vários representantes locais da indústria e da hotelaria. Durante o encontro, os representantes do sector ambiental realizaram uma apresentação acerca dos projectos ambientais e demonstraram as tecnologias relevantes para os seus homólogos da hotelaria, procedendo, posteriormente, ao intercâmbio e negociação. Um representante da indústria ambiental afirmou que o encontro reduziu a distância com o sector de hotelaria de Macau e que propiciou, a ambas as partes, oportunidades de intercâmbio e interacção, favorecendo o desenvolvimento dos sectores de Macau e o reforço da divulgação dos produtos e serviços locais na área. Um director executivo do Departamento de Operação dos Equipamentos Electromecânicos de um hotel reconheceu que o encontro possibilita aos hotéis e às outras empresas tomarem conhecimento das tendências mais recentes de desenvolvimento do sector de protecção ambiental, bem como das pequenas e médias empresas locais na área.
Amanhã, dia 30, será o último dia do 2019MIECF. As empresas são convidados a aproveitar as oportunidades e a expandir os seus negócios de protecção ambiental. Com vista a facilitar o intercâmbio e a comunicação online, dentro e fora do recinto, entre as empresas participantes do 2019MIECF, será disponibilizado Wi-Fi gratuito durante todo o evento, através da rede “2019MIECF” na sua lista de Wi-Fi. Em simultâneo, os empresários podem visitar a página oficial da “Plataforma de Serviços das Bolsas de Contactos Online” (http://bm.ipim.gov.mo/), a cargo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, como meio de procura de novos projectos de cooperação na área ambiental e para melhor entenderem os objectivos de potenciais parceiros de negócios.
Celebrados vários acordos de cooperação na cerimónia de assinatura do segundo dia do 2019MIECF
Responsáveis de vários expositores reconhecem o efeito positivo do MIECF
Pela primeira vez o 2019MIECF apresenta a zona dedicada à inovação sustentável